No capítulo 19
de Êxodo, Deus declara que se apresentará ao povo. Por isso, manda eles se
santificarem para o grande dia. Porém, quando esse esperado dia chega, o povo
fica com medo, decide permanecer longe e elege um intermediário para seu
relacionamento com Deus.
Assim como os
israelitas agiram no passado, agimos no presente. Deus nos fala que quer se
revelar a nós com intensidade, que deseja se relacionar conosco. Sabemos que
para isso precisamos nos santificar, nos despir do pecado e, diante da promessa
da presença de Deus, topamos o desafio. No entanto, quando Deus começa a falar,
quando Ele começa a se revelar verdadeiramente, tememos, e fugimos.
A manifestação
da Presença no Sinai não foi nada suave. Foi amedrontadora. Os israelitas não
temeram a toa. Eles tinham motivo: uma montanha como o Sinai, coberta por uma
nuvem negra, parecendo estar em chamas, e de onde ainda saiam sons de buzina,
que iam ficando cada vez mais altos, não era com certeza um cenário
confortador. O fato é: eles tinham muitos motivos para estarem morrendo de
medo.
Conosco
acontece de forma semelhante. Diante da promessa de maior intimidade com Deus,
nos dispomos a nos santificar para o encontro. Porém , nem sempre esse encontro
tem a aparência que imaginamos. Às vezes ele é amedrontador. Às vezes esse
encontro acontece através de uma renúncia necessária, às vezes através de uma
grande luta, às vezes através de um grande desafio. E tememos. E fugimos. E,
assim como o povo de Israel, pensamos que Deus quer nos matar, porém Ele só que
nos por à prova (Ex 20.20). Diante do medo de adentrar nos mistérios de Deus e
confiar inteiramente nele, acabamos elegendo intermediários no nosso
relacionamento com Ele.
Meu desejo é
ser corajosa como Moisés. Lembramos que Deus falava com ele face a face, mas
também precisamos lembrar que ele foi o único que teve coragem de adentrar no
desconhecido e assustador de Deus. Tenhamos coragem para ir além!
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